segunda-feira, 31 de maio de 2021

Maio Verde 2021 - Semana # 5: Cupcakes festivos de morango

  

Tudo de bom numa só mordida!

"Por que fazer simples cupcakes se eles podem ser extraordinários?" Foi inspirada num episódio da primeira temporada de Nadiya Bakes (disponível na Netflix!) que resolvi reproduzir, a meu modo, esses maravilhosos bolinhos de morango, que têm cheiro, sabor e cor de festa!

No fundo, um biscoito pra dar textura, por cima um morango fresco e suculento que derrete no forno. Em volta, uma massa de cupcake arrasadoramente suave, à base de cream cheese. No topo, ganache de chocolate branco e a "cereja do bolo": morangos glaceados para decorar e não te deixar esquecer o nome dessa sobremesa - cupcakes festivos de morango. Toda a felicidade numa mordida!

A estrela da semana é a ❤️ Aminna  FSG - Farinha Sem Glúten ❤️, o primeiro mix de farinhas sem glúten disponível no mercado. À base de farinha de arroz, possui também fécula de batata, fécula de mandioca e estabilizante em sua composição. Tenho um carinho especial por essa farinha, pois há 15 anos, ela era a única opção de mistura pronta para substituição da farinha de trigo. Foi com ela que comecei a me aventurar na culinária gluten free e descobri que poderia existir vida (muito feliz, diga-se de passagem) após a DC.


Testada e aprovada! ✔️


Cupcakes festivos de morango

INGREDIENTES

- 10 biscoitos sem glúten (usei cookies de frutas silvestres da Jasmine)
- 10 morangos inteiros, com os topos cortados
- 110 g de cream cheese
- 110 g de açúcar refinado
- 2 ovos caipiras
- 1 colher (chá) de extrato de baunilha
- 110 g de Aminna  FSG - Farinha Sem Glúten
- 1 colher (chá) de fermento químico em pó
- 100 g de chocolate branco (usei Divine)
- 2 colheres (sopa)  de creme de leite
- 2 colheres (sopa) de cream cheese
- morangos glaceados para decorar


MODO DE PREPARO

Pré-aqueça o forno a 200 °C. Preencha uma assadeira para cupcakes com 10 forminhas de papel próprias para assar. Coloque um biscoito no fundo de cada forminha e, por cima, posicione um morango inteiro, com a ponta voltada para cima.

Para fazer a massa, adicione o cream cheese e o açúcar no bowl da batedeira e bata até obter um creme claro e fofo. Adicione os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Adicione o extrato de baunilha e, por fim, a farinha e o fermento. Misture até obter uma massa lisa.

Usando um saco de confeiteiro, divida a massa entre as 10 forminhas, do modo que cada morango fique totalmente envolto por massa. Não encha demais as forminhas - deixe a ponta dos morangos de fora. Asse por 15 a 20 minutos, ou até que os bolinhos estejam crescidos e levemente dourados.

Retire do forno e transfira para uma gradinha. Cubra cada bolinho com a ganache usando o saco de confeiteiro ou o avesso de uma colher. Se tiver formado um buraco de massa em volta do morango, aproveite para preenchê-lo com ganache. Salpique os morangos glaceados picadinhos sobre a cobertura e sirva.

domingo, 30 de maio de 2021

Maio Verde 2021 - Semana # 5: Focaccia com cebola e alecrim

 

Azeite, cebola, alecrim e flor de sal: festa de sabores


Este pãozinho achatado tem origem italiana e é muito versátil. Aromatizado com azeite, deve ficar com a casca crocante e o miolo aerado. Fica entre o pão e a pizza, com cerca de 2 cm de altura, e pode ser coberto com diversos ingredientes: cebola, queijo, tomates frescos, azeitonas, anchovas...

Originalmente, a massa da focaccia leva apenas farinha, água, sal e fermento, podendo ser assada no forno ou na brasa. Nesta versão sem glúten, utilizamos a goma xantana para dar mais flexibilidade à massa, enquanto o azeite entra para saborizá-la, assim como a cebola desidratada. Por cima, como toda boa focaccia, alecrim e flor de sal pra completar a festa de aromas e sabores.

A estrela da semana é a ❤️ Aminna  FSG - Farinha Sem Glúten ❤️, o primeiro mix de farinhas sem glúten disponível no mercado. À base de farinha de arroz, possui também fécula de batata, fécula de mandioca e estabilizante em sua composição. Tenho um carinho especial por essa farinha, pois há 15 anos, ela era a única opção de mistura pronta para substituição da farinha de trigo. Foi com ela que comecei a me aventurar na culinária gluten free e descobri que poderia existir vida (muito feliz, diga-se de passagem) após a DC.


Testada e aprovada! ✔️


Focaccia com cebola e alecrim

INGREDIENTES

Massa:

- 450 g de Aminna  FSG - Farinha Sem Glúten
- 1 colher (chá) de goma xantana
- 2 colheres (chá) de açúcar
- 1 colher (chá) de sal
- 1 colher (sopa) de cebola desidratada
- 2 colheres (chá) de fermento biológico instantâneo
- 300 mL de água, a temperatura ambiente
- 4 colheres (sopa) de azeite

Cobertura:

- 1/2 colher (sopa) de manteiga, derretida
- raminhos de alecrim, a gosto
- flor de sal, a gosto


MODO DE PREPARO

Peneire a farinha, a goma xantana, o açúcar e o sal em uma tigela grande. Adicione a cebola e o fermento e misture bem. Junte a água e o azeite e misture com uma espátula até obter uma massa levemente pegajosa. Passe para uma superfície enfarinhada e sove por 10 minutos, até ficar macia e elástica. Volte a massa para a tigela, cubra com filme plástico untado com azeite e deixe em local protegido por cerca de 1 hora, ou até dobrar de tamanho.

Unte com azeite uma forma retangular pequena. Passe a massa para uma superfície enfarinhada e abra até ficar do tamanho da forma. Encaixe a massa aberta na forma e acerte os cantos. Cubra novamente com o filme plástico untado e deixe crescer por mais 30 minutos, ou até dobrar de tamanho outra vez.

Pré-aqueça o forno a 200 °C. Pressione a superfície da massa com as pontas dos dedos para dar um efeito esburacado. Asse por 30 minutos, retire do forno e pincele com a manteiga derretida. Adicione os raminhos de alecrim e salpique a flor de sal. Se desejar, pode ainda adicionar fatias fininhas de cebola roxa. Volte para o forno por mais 5-10 minutos, ou até dourar. 

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Maio Verde 2021 - Semana # 4: Éclairs au chocolat

Bombinhas de chocolate

Éclairs au chocolat ou bombinhas de chocolate. Pouco importa como você chama essa maravilha da confeitaria francesa. Elas fazem parte das minhas lembranças desde a mais tenra idade. Em dias muito especiais, minha mãe me levava pra passear e comer essa delícia que, a cada dentada, transborda chocolate cremoso. Na disputa com o quindim, era o meu doce preferido da infância (pois é, não era brigadeiro!). Ainda tive a sorte de poder reviver esse prazer há uns dois anos, numa boulangerie totalmente livre de glúten que descobrimos na última viagem à França e onde escolhi comemorar meu aniversário só por causa das bombinhas!

A base das éclairs é a pâte à choux (que de forma muito fofinha se pronuncia "pataxu"), feita de água, manteiga, farinha e ovos. Em vez de fermento químico, utiliza-se de sua alta umidade para criar vapor durante o cozimento, o que faz a massa crescer. A massa cresce formando um centro oco, que podemos rechear com as mais diversas opções, mas a minha preferida é o creme de chocolate. Nessa versão, utilizei um ganache feito de chocolate meio amargo e leite de côco - simples e delicioso! Por cima, ainda cobrimos nossa bombinha com chocolate derretido, que depois endurece, formando uma casquinha. Difícil imaginar combinação melhor.

A estrela da semana é a 💙 Mixture - Farinha Sem Glúten Amafil 💙, um mix frequentemente incompreendido e subestimado mas, na minha opinião, capaz de produzir receitas maravilhosas. À base de farinha de mandioca, possui também farinha de arroz, fécula de batata e estabilizante em sua composição. É a alternativa mais em conta do mercado e pode apresentar um ótimo resultado se você souber utilizá-la. Desenvolvida para substituir a farinha de trigo conferindo sabor, estrutura e textura para as mais diversas preparações, deve ser utilizada na seguinte proporção: 1 xícara de farinha de trigo comum equivale a 3/4 xícara de Mixture.


Testada e aprovada! ✔️


Éclairs au chocolat

INGREDIENTES

Recheio (ganache de chocolate):

- 120 g de chocolate em barra meio amargo (usei Divine, 70%)
- 120 g de leite de côco

Massa (pâte à choux):

- 1 xícara (chá) de água
- 3 colheres (sopa) de manteiga com sal
- 1 colher (chá) de açúcar
- 1 xícara (chá) de Mixture - Farinha Sem Glúten Amafil
- 1 colher (chá) de extrato de baunilha
- 5 ovos

Cobertura:

- 60 g de chocolate em barra meio amargo (usei Divine, 50%)
- 1/4 colher (chá) de óleo de côco


MODO DE PREPARO

Prepare o recheio:
Derreta o chocolate no microondas e acrescente o leite de côco. Deixe esfriar para ganhar consistência. Enquanto isso, prepare a massa.

Prepare a massa:
Em uma panela, adicione a água, a manteiga e o açúcar e deixe ferver. Retire a panela do fogo e acrescente a farinha, mexendo vigorosamente para não formar grumos. Volte a panela para o fogo e deixe cozinhar por 1 minuto. Deixe a massa esfriar e leve para a batedeira, acrescentando a baunilha e os ovos, um a um. Bata até a massa ficar bem homogênea. Transfira a massa para um saco de confeitar e modele as bombinhas em uma assadeira forrada com papel manteiga ou tapetinho de silicone (rende aproximadamente 15 bombinhas). Asse em forno pré-aquecido a 200 °C até dourar. Deixe esfriar.

Montagem:
Coloque o recheio em um saco de confeitar e utilize um bico de rechear para furar uma das extremidades das bombinhas e preenchê-las até ficarem "gordinhas". Quando todas estiverem recheadas, prepare a cobertura, derretendo o chocolate no microondas e acrescentando o óleo de côco. Passe o topo das bombinhas pela cobertura, retirando o excesso de chocolate. Se desejar, polvilhe chocolate granulado por cima. Espere esfriar (até a cobertura endurecer) e se delicie.


* Agradecimento especial ao meu amor Julian, que moldou as bombinhas (eu fui um verdadeiro desastre com o saco de confeitar!)

domingo, 23 de maio de 2021

Maio Verde 2021 - Semana # 4: Empanadas argentinas

 

¡Hola hermanitas!


As empanadas argentinas também foram uma das iguarias que só tive oportunidade de experimentar depois de já ter o diagnóstico da doença celíaca, por isso a primeira empanada argentina que comi foi, diga-se de passagem, uma "verdadeira empanada argentina" - sem glúten - em Buenos Aires, lá por volta de 2011. Foi amor à primeira mordida. A Argentina é um dos países mais avançados em alternativas para celíacos! Há uma infinidade de estabelecimentos que reproduzem todas as maravilhas da culinária de nuestros hermanos na versão sin TAAC (sem Trigo, Aveia, Cevada e Centeio) com fidelidade e muita qualidade!

A massa da empanada tem uma característica muito própria. Não é um pão, tampouco massa de pastel. Ela é um pouco adocicada, levemente folhada e ligeiramente quebradiça. É inconfundível e, caso você já tenha experimentado, vai reconhecê-la nessa receita, pois realmente a textura e o sabor ficaram bem fiéis à original. Confesso que deu um pouquinho de trabalho acertar a massa, mas faz parte, quando você está experimentando uma preparação inédita na sua cozinha. E valeu a pena, pois ao fim me fez viajar às minhas melhores lembranças porteñas.

Já o recheio, foi inspirado numa das mais famosas empanadas, a salteña - típica de região de Salta, no noroeste montanhoso da Argentina. A salteña é basicamente recheada de carne moída com azeitonas, ovo e batata (algumas receitas também levam uvas passas). A minha receita é baseada nas empanadas salteñas que a chef Paola Carosella serve em seu restaurante, La Guapa. Mas foi adaptada para o meu gosto pessoal e em função dos ingredientes que eu tinha em casa. O sabor ficou indescritível, só posso dizer que é único e inesquecível.

A estrela da semana é a 💙 Mixture - Farinha Sem Glúten Amafil 💙, um mix frequentemente incompreendido e subestimado mas, na minha opinião, capaz de produzir receitas maravilhosas. À base de farinha de mandioca, possui também farinha de arroz, fécula de batata e estabilizante em sua composição. É a alternativa mais em conta do mercado e pode apresentar um ótimo resultado se você souber utilizá-la. Desenvolvida para substituir a farinha de trigo conferindo sabor, estrutura e textura para as mais diversas preparações, deve ser utilizada na seguinte proporção: 1 xícara de farinha de trigo comum equivale a 3/4 xícara de Mixture.

Testada e aprovada! ✔️


Empanadas argentinas

INGREDIENTES

Recheio:

- 1 colher (sopa) de banha de porco
- 1/2 cebola, picada
- 6 dentes de alho, picados
- 300 g de carne de boi moída (usei patinho)
- 1 colher (sopa) de páprica doce
- 1 colher (sopa) de cominho em pó
- 1/2 colher (chá) de louro em pó
- 1/2 colher (chá) de pimenta calabresa em flocos
- 1/2 colher (chá) de molho inglês
- sal a gosto

- 1/2 xícara (chá) de salsinha, picada (usei apenas os talinhos, bem picadinhos)
- 3 damascos secos, em cubinhos (você pode usar uvas passas, se preferir)
- 1 batata pequena cozida, em cubinhos
- 1 ovo cozido, em cubinhos
- 6 quiabos acidulados*, picados (você pode usar azeitonas, se preferir)

Massa:

- 1 e 1/2 xícara (chá) de Mixture - Farinha Sem Glúten Amafil
- 1/2 colher (chá) de goma xantana
- 1 pitada de sal
- 2 colheres (sopa) de banha de porco
- 1 caixa de creme de leite
- 1 ovo (clara e gema separadas)
- 1 colher (sopa) de açúcar


MODO DE PREPARO

Prepare o recheio:
Aqueça a banha e frite a cebola e o alho. Quando estiverem bem dourados, adicione a carne e frite bem. Acrescente os temperos (páprica, cominho, louro, pimenta calabresa, molho inglês e sal). Retire do fogo e misture os demais ingredientes (salsinha, damasco, batata, ovo e quiabo), somente o suficiente para incorporá-los. Deixe esfriar enquanto prepara a massa.

Prepare a massa:
Coloque a farinha, a goma xantana e o sal num bowl e misture bem. Acrescente a banha, o creme de leite e a clara de ovo e trabalhe até obter uma massa homogênea. Ela é levemente quebradiça, mas deve ser maleável o suficiente para ser moldada. Para pincelar as empanadas, misture a gema de ovo com o açúcar e reserve.

Montagem e finalização:
Polvilhe com farinha uma superfície e o rolo de abrir massas. Separe um pedaço da massa preparada, abra e corte discos usando um molde, um prato ou uma tampa de 15 cm de diâmetro. Guarde as rebarbas junto ao restante da massa, para reutilizar. Recheie cada disco, antes de abrir o próximo. Utilize uma a duas colheres de recheio. Para fechar, coloque um pouquinho de água num prato, molhe a ponta do dedo na água e passe nas bordas, depois pressione bem. Eu acertei as bordas cortando a massa com uma tesoura. Se a massa ameaçar "quebrar", molhe os dedos com água e esfregue sobre as rachaduras até colá-las. Coloque cada empanada montada sobre um pedaço de papel manteiga. Pincele a superfície de  cada empanada com a misturinha de gema de ovo e açúcar (é o que vai deixá-las douradinhas e brilhantes). Asse em forno pré-aquecido a 180 C até estarem bem douradas. Você também pode usar a airfryer, como eu fiz: após pré-aquecer à temperatura máxima, diminua para 180 °C e asse as empanadas por cerca de 7 minutos, ou até estarem bem douradas (dá pra fazer uma a uma ou até três por vez, dependendo do tamanho do seu cesto). Esse receita rende 8 empanadas grandes.

* Se desejar fazer os quiabos acidulados (recomendo fortemente!), separe 12 quiabos, 1 xícara de vinagre de maçã, 2 colheres de sopa de açúcar mascavo, 1 pitada de sal e 1 pimenta dedo de moça picada. Pegue os quiabos e corte ambas as extremidades, para obter um "tubinho". Toste os quiabos na airfryer. Enquanto isso, leve os outros ingredientes para ferver numa panela. Quando ferver, coloque num bowl e adicione os quiabos. Mexa e deixe esfriar. Receita original: Felipe Bronze.

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Maio Verde 2021 - Semana # 3: Cookies

 

Cookies fáceis e perfeitos!

Já que estou animada com desafios e realização de desejos, vem aí mais um: cookies sem glúten per-fei-tos! As únicas (e saudosas) vezes que assei cookies na minha vida, foi por volta de 2015 ou 2016, logo que voltei dos Estados Unidos com algumas caixinhas de mistura pronta para cookies sem glúten da Hodgson Mill. Bastava misturar o mix aos ingredientes molhados - manteiga, ovo e baunilha - distribuir as gotas de chocolates e pronto: cookies perfeitos. 

Pra não dizer que nunca tentei fazer cookies por minha conta, uma vez arrisquei uma receita do Jamie Oliver, um dos meus chefs preferidos. O sabor até ficou gostoso, mas fiquei muito decepcionada com os cookies chapados e esparramados que tirei do forno. Depois disso, não tentei mais. O cookie virou um tabu. 

Pra mim, um cookie perfeito deve ser gordinho, crocante por fora e macio por dentro. E a receita a seguir cumpre perfeitamente com essa expectativa! Busquei inspiração no site Gluten Free on a Shoestring, da Nicole Hunn. Toda vez que invento de tentar receitas complicadas, adoro dar uma conferida nas receitas dela, pois são sempre certeiras. A Nicole nunca erra.

A minha versão está bem fiel à original. Meu toque pessoal foi utilizar dois tipos diferentes de chocolate, pois acho que essa combinação sempre cai muito bem. Assim você tem o melhor dos dois mundos: duas texturas e dois sabores de chocolate num mesmo biscoito.

Na massa, uso pedacinhos de chocolate 70%, que derretem no forno e deixam o cookie molhadinho e com aquele sabor intenso. Por fora, na superfície, uso chocolate ao leite em gotas forneáveis (que resistem ao calor e mantêm sua forma). O resultado é um cookie esteticamente lindo, com um chocolate mais docinho e resistente à mordida, a cada dentada.

A estrela da semana é a 💛 Farinha Multiuso Sem Glúten Schär 💛! Minha estória de amor com a Schär é longa, sou suspeita para dizer que é o melhor mix de farinhas sem glúten do Brasil! A farinha ideal para quem procura resultados perfeitos na culinária sem glúten. À base de amido de milho, farinha de arroz, fibras vegetais (psyllium, bambu), farinha de arroz integral, farinha de lentilhas, dextrose, espessante e sal, com ela você prepara qualquer prato, doce ou salgado. A opção da Schär é "pau pra toda obra" e não decepciona nunca!

Testada e aprovada! ✔️


Cookies

INGREDIENTES

- 160 g de Farinha Multiuso Sem Glúten Schär
- 1/2 colher (chá) de goma xantana
- 1/4 colher (chá) de sal
- 1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
- 75 g de açúcar cristal
- 80 g de açúcar mascavo
- 55 g de manteiga sem sal, em ponto de pomada
- 1 ovo, em temperatura ambiente
- 1/2 colher (sopa) de extrato de baunilha
- 60 g de chocolate meio amargo picado (usei Divine 70%)
- 1 colher (sopa) de gotas forneáveis de chocolate ao leite

MODO DE PREPARO

Pré-aqueça o forno a 200 °C. Forre duas assadeiras com papel manteiga. Em um bowl, coloque a farinha, a goma xantana, o sal, o bicarbonato de sódio e o açúcar cristal e misture bem. Adicione o açúcar mascavo e misture novamente, eliminando os grumos de açúcar. Faça um buraco no centro dos ingredientes secos e adicione a manteiga, o ovo e a baunilha e misture bem, até obter uma massa firme e homogênea, que solta das mãos. Adicione o chocolate meio amargo picado e misture até distribuir uniformemente pela massa do cookie

Divida a massa em 12 porções e faça bolinhas. Distribua-as uniformemente (seis em cada assadeira), e pressione levemente cada uma delas, formando um disco de cerca de 2 cm de espessura. Disponha as gotas de chocolate ao leite por cima dos cookies. Coloque as assadeiras no congelador por pelo menos 5 minutos antes de levar ao forno.

Retire a massa gelada do congelador e coloque as assadeiras, uma de cada vez, no centro do forno pré-aquecido. Asse até que os cookies formem uma "casquinha" na superfície (12 a 18 minutos - eu deixei exatos 15 minutos). Retire do forno e deixe os cookies esfriarem na própria assadeira por cerca de 5 minutos ou até que estejam firmes, antes de transferir para uma gradinha, para esfriar completamente.

domingo, 16 de maio de 2021

Maio Verde 2021 - Semana # 3: Guioza


Guioza: Toda a ousadia gluten free numa trouxinha


Quem me conhece bem, sabe que eu adoro desafios culinários! Fazer guioza era um desejo muito antigo. Esse "pastelzinho" oriental é originário da China e muito difundido na culinária japonesa. Eu sempre morri de vontade de experimentar - é aquele tipo de comida que você olha e tem certeza que só pode ser deliciosa! Mas fui descobrir o guioza somente depois do meu diagnóstico da DC e, infelizmente, nunca consegui encontrar uma versão sem glúten, nem nas minhas andanças e viagens pelo mundo.

A principal característica do guioza é possuir uma massa beeeeeem fininha, quase transparente (taí a ousadia), recheada geralmente com carne de porco picadinha e legumes refogados. Esse pastelzinho é moldado na forma de trouxinha, com uns frufrus muito lindinhos, depois é frito e termina de cozinhar no vapor. São servidos quentinhos, com um molho delicioso à base de shoyu. Gente, esses guiozas ficaram TÃO gostosos e perfeitos que mal pude acreditar! Vale a pena tirar um dia para prepará-los e curtir o luxo de viver essa felicidade que vem em trouxinhas (20 trouxinhas, pra ser mais precisa!).

A estrela da semana é a 💛 Farinha Multiuso Sem Glúten Schär 💛! Minha estória de amor com a Schär é longa, sou suspeita para dizer que é o melhor mix de farinhas sem glúten do Brasil! A farinha ideal para quem procura resultados perfeitos na culinária sem glúten. À base de amido de milho, farinha de arroz, fibras vegetais (psyllium, bambu), farinha de arroz integral, farinha de lentilhas, dextrose, espessante e sal, com ela você prepara qualquer prato, doce ou salgado. A opção da Schär é "pau pra toda obra" e não decepciona nunca!

Testada e aprovada! ✔️


Guioza

INGREDIENTES

Recheio:

- 1 colher (sopa) de óleo de gergelim
- 1 colher (sopa) de gengibre em conserva, picadinho
- 1 colher (sopa) de alho, picadinho
- 1/2 xícara (chá) de cebolinha, picada
- 2 colheres (sopa) de alho-poró, picado
- meia cabeça (~200 g) de repolho branco, repicado
- 1/2 xícara (chá) de cenoura, ralada fina
- 1 pitada de Hondashi - tempero à base de peixe bonito seco
- 1 pitada de Tempero Asian - Chinese 5 Spices (opcional)
- 1/2 colher (chá) de vinagre de maçã

- 200 g de carne de porco magra, picadinha (usei filé mignon suíno)
- 1 colher (chá) de shoyu - molho de soja

Massa:

- 200 g de Farinha Multiuso Sem Glúten Schär
- 1 colher (chá) de goma xantana
- 1 xícara (chá) de água
- 1 colher (chá) de sal
- 1/2 colher (chá) de azeite 

Molho:

- 2 colheres (sopa) de shoyu - molho de soja
- 1 colher (chá) de óleo de gergelim
- 2 colheres (sopa) de suco de limão
- 1 colher (sopa) de saquê mirin - saquê culinário
- cebolinha picada

MODO DE PREPARO

Prepare o recheio:
Aqueça o óleo de gergelim e frite o gengibre e o alho. Adicione a cebolinha e o alho-poró. Em seguida, refogue o repolho até murchar. Por fim, refogue a cenoura por 1 a 2 minutos. Adicione os temperos (a gosto - em pratos orientais, eu adoro usar Hondashi que tem muito umami e o Tempero Asian, um mix de anis estrelado, erva doce, canela, cravo e pimenta do Sichuan) e por último, o vinagre de maçã. Deixe esfriar, e enquanto isso, prepare a carne. Limpe e pique bem picadinha, até ficar como uma carne moída, e depois tempere com o molho shoyu. Quando o refogado estiver frio, adicione a carne crua e temperada, misturando bem.

Prepare a massa:
Coloque a farinha e a goma xantana no bowl da batedeira e misture bem. Numa panela, misture a água com o sal e leve ao fogo, até ferver. Adicione a água fervente ao bowl e bata usando o gancho para massas. Quando tudo estiver bem incorporado, adicione o azeite. Retire da batedeira quando obtiver uma massa única. Ela estará bem elástica e maleável. Trabalhe a massa com as mãos, sovando mais um pouco. Deixe-a descansar em temperatura ambiente por cerca de 10 min em um saco plástico bem fechado e sem ar, para não ressecar. Obs.: a batedeira apenas facilita o serviço, mas é possível preparar a massa sem ela também!

Prepare o molho:
Misture todos os ingredientes e pronto.

Montagem e cozimento:
Polvilhe com farinha uma superfície e o rolo de abrir massas. Separe um pedaço da massa preparada, abra bem fininha e corte discos usando um molde, um prato ou uma tampa de 10 cm de diâmetro. Guarde as rebarbas junto ao restante da massa, no saco plástico. Recheie cada disco, antes de abrir o próximo. Utilize uma colher pequena de recheio (não encha demais, para conseguir fechar as trouxinhas). Para fechar, coloque um pouquinho de água num prato, molhe a ponta do dedo na água e passe nas bordas, depois pressione bem. Faça os frufrus, dobrando as bordas da trouxinha (ajuda bastante se você assistir a uns videozinhos no YouTube antes de fazer o primeiro, depois fica bem automático!). Aqueça um fiozinho de azeite numa frigideira antiaderente grande e frite os pasteizinhos (10 por vez), até ficarem bem douradinhos na parte de baixo. Depois que todos os pasteizinhos estiverem fritos, acrescente água fervente até 1/4 da altura e tampe a frigideira. Deixe fechado por cerca de 5 minutos e em seguida abra, deixando cozinhar até secar a água. Sirva com molho para guioza.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Maio Verde 2021 - Semana # 2: Bolo de banana com amoras e mirtilos

 

Comfort food com sofisticação

Eu amo bolo de banana!!! Pense num bolo bem fofinho, macio e aerado. Cheiroso, dourado por fora e clarinho por dentro. Só isso pra mim já é a perfeição num bolo. Sinônimo de comfort food. Aquele bolinho que vem e te abraça numa tarde nublada. Agora adicione sofisticação. A cada fatia, surpresa: uma explosão de cores que pintam nosso bolinho de roxo azulado e uma festa de sabores que variam da doçura à acidez. Um bolo vibrante e inesquecível!

Originalmente, essa receita de bolo de banana sugeria o uso da simples farinha de arroz, que substituí pelo mix de farinhas sem glúten. Já virou a minha preferida! Há tempos eu não me apaixonava assim por um bolinho. Meu toque especial foi adicionar amoras e mirtilos (blackberry and blueberry), que você pode substituir por outras berries se desejar. Vai funcionar com morangos, framboesas, cerejas, groselha... 

A estrela da semana é o 💜 Mix de Farinhas Sem Glúten Urbano 💜, que experimentei pela primeira vez e me surpreendeu! Esse mix é uma Farinha Especial da linha de farináceos Urbano Zero Glúten, ideal para o preparo de receitas doces e salgadas. À base de farinha de arroz, leva também fécula de mandioca, fécula de batata, emulsificante e espessante em sua composição. É uma opção que substitui bem a farinha de trigo, com um preço bem camarada.

Testada e aprovada! ✔️


Bolo de banana

INGREDIENTES

- 3 ovos
- 1/2 xícara de leite
- 4 bananas bem maduras (~230 g)
- 1 xícara (chá) de açúcar cristal
- 1 xícara (chá) de manteiga amolecida

- 2 xícaras (chá) de Mix de Farinhas Sem Glúten Urbano
- 1 pitada de canela em pó
- 1 pitada de sal
- 1 colher (sopa) de fermento químico

- 1/2 xícara de amoras e mirtilos
- 1 colher (sopa) de Mix de Farinhas Sem Glúten Urbano

MODO DE PREPARO

Bata no liquidificador os ovos, o leite, as bananas, o açúcar e a manteiga. Numa vasilha, junte o mix de farinhas, a canela, a pitada de sal e o fermento. Despeje o conteúdo do liquidificador sobre os ingredientes secos e misture bem, até obter uma massa homogênea. Coloque em uma forma de bolo inglês antiaderente.

Numa xícara, coloque as amoras e mirtilos, adicione o mix de farinhas e chacoalhe até as frutas estarem completamente envoltas em farinha. Peneire para eliminar o excesso de farinha e distribua as frutas sobre a massa de bolo. Pressione levemente cada fruta até quase sumir sob a massa. Leve ao forno pré-aquecido a 200 ºC por cerca de 30 minutos.

domingo, 9 de maio de 2021

Maio Verde 2021 - Semana # 2: Nhoque crocante ao pesto refrescante

Uma versão surpreendente do nhoque ao pesto

Nhoque ao pesto é um clássico e já passei minha receita preferida aqui. Mas esta é uma versão diferente, tanto na finalização do nhoque como nos ingredientes do molho. Pense num nhoque crocante, que ao invés de cozido em água fervente, é frito no azeite pra ficar dourado e com uma casquinha saborosa. Agora pense em um pesto completamente surpreendente, fresco e brilhante, que no lugar do tradicional manjericão, leva hortelã como personagem principal. Difícil imaginar essa combinação? Então não perca tempo e faça logo essa receita!

Comece preparando o molho pesto refrescante. A receita rende bastante: se não utilizar tudo de uma vez, você pode cobrir com azeite e guardá-lo na geladeira para usar em diversas outras preparações, saladas, torradinhas, etc. Em seguida, prepare os nhoques crocantes. Uma receita inteira também rende uma quantidade generosa, e é possível congelar a massa já moldada por até 3 meses para preparar depois seus nhoques, sejam fritos ou cozidos. Pra finalizar em grande estilo, prepare também uma vagem tostada na airfryer para salpicar sobre o prato. Vai transformar cada garfada numa experiência única.

A estrela da semana é o 💜 Mix de Farinhas Sem Glúten Urbano 💜, que experimentei pela primeira vez e me surpreendeu! Esse mix é uma Farinha Especial da linha de farináceos Urbano Zero Glúten, ideal para o preparo de receitas doces e salgadas. À base de farinha de arroz, leva também fécula de mandioca, fécula de batata, emulsificante e espessante em sua composição. É uma opção que substitui bem a farinha de trigo, com um preço bem camarada.

Testada e aprovada! ✔️


Pesto refrescante

INGREDIENTES

- 1 maço de rúcula
- 1 maço de hortelã
- 6 dentes de alho confitado (são docinhos e deliciosos)
- gotinhas de limão
- 4 colheres de sopa de azeite
- 1/4 colher (chá) de sal
- 1/2 xícara de pinoli italiano (você pode substituir por castanhas)
- 1/2 xícara de queijo parmesão ralado fino

MODO DE PREPARO

Coloque o maço inteiro de rúcula no copo do liquidificador. Separe as folhas de hortelã e junte à rúcula (se quiser, pode completar com outras folhinhas que tiver em casa, como salsinha, manjericão, etc). Adicione o alho, o suco de limão, o azeite e o sal. Bata no modo pulsar, o suficiente para deixar tudo bem triturado e misturado. Toste ligeiramente o pinoli (ou castanha) numa frigideira anti-aderente, adicione à mistura do liquidificador e use a função "pulsar" novamente, só para dar uma quebrada, mas mantendo pedacinhos. Retire do copo do liquidificador e misture o queijo ralado manualmente. Se desejar, você ainda pode aumentar o pesto adicionando mais 1/2 xícara de azeite.

Nhoque crocante

INGREDIENTES

- 1 kg de batata inglesa com casca
- 2 gemas de ovos caipiras
- 50 g de manteiga
- 50 g de queijo parmesão ralado fino (opcional)
- 250 g de Mix de Farinhas Sem Glúten Urbano
- sal, pimenta do reino e noz moscada moídos (a gosto)
- azeite (para fritar)

MODO DE PREPARO

Cozinhe as batatas e descasque-as em seguida. Esprema ou amasse-as, até obter um purê leve e sem grumos. Acrescente as gemas, a manteiga, o queijo, o sal, a pimenta do reino e a noz moscada. Incorpore tudo muito bem e comece a adicionar o mix de farinhas, aos poucos. Pare de adicionar quando perceber que a massa se solta das mãos e que é possível moldá-la. Polvilhe uma superfície com o mix de farinhas, faça rolinhos com a massa e use uma espátula para cortar os nhoques.

Cubra o fundo de uma panela com azeite (bem pouquinho, só o suficiente pra cobrir o fundo mesmo!), aqueça bem, e então frite os nhoques pouco a pouco. Quando estiverem dourados de um lado, vire-os para dourar o outro lado. Retire e deixe escorrer sobre papel toalha. Repita até fritar todos os nhoques (se necessário, adicione um pouco mais de azeite). 

Bônus: Vagem tostada na airfryer

INGREDIENTES

- 150 g de vagem 
- 1/2 colher (chá) de lemon pepper
- 1 fio de azeite

MODO DE PREPARO

Pré-aqueça a airfryer por 5 minutos à temperatura máxima (200 ºC). Retire as pontinhas das vagens e misture o tempeiro e o azeite. Coloque as vagens no cesto da airfryer e asse por 7 a 10 minutos (até estarem bem tostadinhas). Retire e, imediatamente, corte-as com uma tesoura do tamanho desejado e finalize sobre o prato.

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Maio Verde 2021 - Semana # 1: Brownie de microondas

A solução pra sua vontade instantânea de sobremesa!


Todo mundo concorda que brownie é uma delícia, né? Sempre que faço aqui em casa, já fatio a fornada toda em quadradinhos e fico só esperando a hora da próxima sobremesa. Ah, o milagre que um quadradinho desses faz não está no gibi! 😍 Mas em dias normais, quando bate aquela necessidade de um docinho depois do almoço, recorro a essa receitinha rápida e infalível. Em menos de 3 minutos você tem um mini brownie pra chamar de seu.

Você também pode chamá-lo de "brownie de colher" ou "brownie de caneca". É uma solução para dias de preguiça ou pouco tempo disponível, mas não espere um brownie convencional! A base dessa receita varia da original, principalmente por eliminar os ovos, que além de serem emulsificantes naturais, atuam dando maior estrutura à preparação - porém, não cozinhariam suficientemente em apenas 1 minuto no microondas (e se você exagerar no tempo de cozimento, já sabe: terá um bolo, e não um brownie).

Pois bem, eliminamos os ovos e utilizamos leite, que também contém emulsificantes naturais, vai umidificar nossa massa e torná-la deliciosamente cremosa. A perda da estrutura devido à falta dos ovos é, em parte, compensada pela farinha que utilizamos em maior proporção, mas ainda assim, não fique triste ao ver seu brownie "desmoronar", dando uma leve abaulada no centro. Pra mim, essa concavidade é um convite pra você preenchê-la com uma generosa bola de sorvete ou com uma boa colherada de creme de leite e frutas vermelhas.

A estrela da semana é a 💚 Farinha Multiuso Sem Glúten Vitalin 💚, que experimentei recentemente e já conquistou meu coração! Ela é versátil porque substitui a farinha de trigo na mesma proporção e deixa tudo muito macio e estruturado, sem alterar o sabor. À base de amido (batata e/ou mandioca e/ou milho), farinha de arroz, farinha de aveia e espessante, possui o certificado internacional Gluten Free™ (GF). Sem glúten, mas com muito sabor, consciência e saúde.

Testada e aprovada! ✔️


Brownie de microondas

INGREDIENTES

- 50 g do chocolate em barra de sua preferência (usei chocolate ao leite com castanhas Divine)
- 1 colher de manteiga
- 1 pitada de sal
- 2 colheres (sopa) de açúcar
- 1 colher (sopa) de cacau em pó 100%
- 2 colheres (sopa) de Farinha Multiuso Sem Glúten Vitalin
- 1 colher (sopa) de leite
- 3 gotinhas de essência de baunilha

MODO DE PREPARO

Comece derretendo o chocolate com a manteiga no microondas: Quebre o chocolate em pedaços pequenos, adicione a manteiga e leve à potência máxima por 30 seg. Retire, misture e, se necessário, volte para o microondas por mais 30 seg. Este tempo é suficiente para derreter todo o chocolate. Tenha paciência para misturá-lo à manteiga aquecida até derreter completamente. Se você aquecer demais, vai queimar o chocolate e aí não tem volta!

Com o chocolate e a manteiga derretidos, adicione os demais ingredientes, incorporando na sequência, um de cada vez (sal, açúcar, cacau, farinha, leite e baunilha). Misture até obter uma massa homogênea e cremosa. Coloque em um ramequim pequeno (≥ 120 ml) ou em uma xícara/caneca resistente ao microondas. Leve à potência máxima por 1 minuto. Retire e coma quentinho! Dica: contraste com sorvete, creme de leite gelado, frutas congeladas, etc.

domingo, 2 de maio de 2021

Maio Verde 2021 - Semana # 1: Pizza Express


Pizza Express, mais rápida que o aplicativo de fast food!

Abrimos o desafio Maio Verde 2021 em grande estilo com esta Pizza Express que vai te conquistar! Saborosa, massinha fina e crocante, preparada com apenas quatro ingredientes. Você vai prepará-la e estará pronta tão rapidamente que aposto que vai trocar o aplicativo de fast food por essa receita certeira!

Inspirada numa pizza que aprendi com a querida Dezza (maravilhosa @recantodaceliaca - sigam ela, gente!) e fui adaptando com o tempo até chegar nesta receita que já virou a oficial aqui de casa. A original leva apenas farinha e iogurte, mas gosto de adicionar o psyllium se desejo uma massa mais fininha. O psyllium é uma fibra vegetal bastante higroscópica, que aumenta de volume em contato com líquidos, se expande, e forma uma massa gelatinosa que ajuda a dar liga nas preparações sem glúten.

A estrela da semana é a 💚 Farinha Multiuso Sem Glúten Vitalin 💚, que experimentei recentemente e já conquistou meu coração! Ela é versátil porque substitui a farinha de trigo na mesma proporção e deixa tudo muito macio e estruturado, sem alterar o sabor. À base de amido (batata e/ou mandioca e/ou milho), farinha de arroz, farinha de aveia e espessante, possui o certificado internacional Gluten Free™ (GF). Sem glúten, mas com muito sabor, consciência e saúde.

Testada e aprovada! ✔️


Pizza Express 

INGREDIENTES

- 1 xícara de Farinha Multiuso Sem Glúten Vitalin
- 120 mL (1/2 xícara) de iogurte natural
- 1 colher (sopa) de psyllium
- 1/2 colher (chá) de sal

- 1/2 colher (sopa) de passata de tomate
- 2 colheres (sopa) de alho-poró picado
- ± 120 g de muçarela ralada
- fatias de pepperoni (a gosto)

MODO DE PREPARO

Pré-aqueça o forno à temperatura máxima (~290 ºC). Misture todos os ingredientes até obter uma massa bem homogênea e trabalhável (se necessário, polvilhe um pouco mais de farinha, até a massa soltar das mãos). Abra a massa sobre uma forma de pizza, espalhe a passata de tomate e asse por 5 minutos. Retire do forno, complete com o restante da cobertura (alho-poró, muçarela e pepperoni) e asse por mais 5 a 10 minutos, até que a muçarela esteja derretida e as bordinhas douradas. Mangia che te fa bene!


sábado, 1 de maio de 2021

Maio Verde 2021


Chegamos em MAIO 🧚🏻‍♀️, o mês mundial da campanha de conscientização sobre a Condição Celíaca!

Pra não perder o hábito, estou de volta pra provar pra vocês que dá pra viver muito feliz sem glúten e com muito sabor!

Eis o meu desafio para o Maio Verde 2021: a cada semana, vou apresentar uma das minhas marcas gluten free favoritas e testá-la com duas receitas inéditas aqui no blog. Vai ser satisfação garantida, seja você do #teamdoce ou do #teamsalgado

Não percam! A programação será atualizada semanalmente por aqui:

Semana #1: 💚 Farinha Multiuso Sem Glúten Vitalin 💚

  • Pizza Express
  • Brownie de microondas

Semana #2: 💜 Mix de Farinhas Sem Glúten Urbano 💜
  • Nhoque crocante ao pesto refrescante
  • Bolo de banana com amoras e mirtilos

Semana #3: 💛 Farinha Multiuso Sem Glúten Schär 💛

  • Guioza
  • Cookies

Semana #4: 💙 Mixture - Farinha Sem Glúten Amafil 💙

  • Empanadas argentinas
  • Éclair au chocolat

Semana #5: ❤️ Aminna FSG - Farinha Sem Glúten ❤️

  • Focaccia com cebola e alecrim
  • Cupcakes festivos de morango

domingo, 31 de maio de 2020

Dia 31: Bolo de baunilha com chantilly especial

Bolo molhadinho e macio, com um chantilly especial

Encerramos o mês de maio e a 31ª receita pra fechar esse desafio com chave de ouro é de um bolinho super gostoso e simples de preparar, coberto com um chantilly realmente especial. A receita do bolo é aquela que andou famosa uns tempos atrás, feita com arroz cru e sem farinha. Eu mesma hesitei, antes de me arriscar a fazer, mas esse bolo me conquistou, pois fica bem molhadinho e macio. O chantilly é especial pois é saborizado com rum, cardamomo e canela (aposto que você vai se apaixonar)!


Bolo de baunilha 

INGREDIENTES

- 1 xícara de arroz cru
- 1 potinho de iogurte natural
- 1/2 xícara de óleo (uso óleo de côco ou canola)
- 4 ovos
- 1 colher (chá) de extrato de baunilha
- 1 xícara de açúcar
- 1/2 xícara de côco ralado (seco, sem açúcar)
- 1/2 xícara de queijo parmesão ralado
- 1 colher (sopa) de fermento em pó

MODO DE PREPARO

Deixe o arroz de molho por 3 horas. Descarte a água e bata o arroz com o iogurte e o óleo no liquidificador, até obter um creme bem liso. Ainda no liquidificador, acrescente os ovos, a baunilha, o açúcar, o côco e o queijo. Bata bem. Por último acrescente o fermento e bata apenas o suficiente para misturar. Asse a 180 ºC por 30 min, em forma de teflon (não precisa untar).


Chantilly especial

INGREDIENTES

- 250 mL de creme de leite fresco
- 2 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro
- 2 colheres (sopa) de rum
- cardamomo em pó (a gosto)
- canela em pó (a gosto)

MODO DE PREPARO

Bata o creme de leite com o açúcar e o rum na batedeira, em velocidade baixa, até o ponto de chantilly. Cubra o bolo e salpique cardamomo e canela por cima de tudo. Coma e seja feliz!

Bom apetite!

sábado, 30 de maio de 2020

Dia 30: Muleka de peixe

É isso mesmo que você leu. A muleka de peixe é uma espécie de "prima malandrinha" da tradicional moqueca de peixe. É malandra porque é muito fácil de fazer, requer só 3 ingredientes e fica muito parecida com uma moqueca de verdade!

Esse foi um dos primeiros pratos que aprendi (numa época em que eu só sabia fazer sobremesas). Não me lembro de onde tirei, mas é uma receita que consta nos primórdios do meu caderninho, onde está registrada com o nome original de "Merluza ao requeijão" - o qual nem de longe faz jus ao prato.

Toda vez que faço, aqui em casa ou na casa de amigos, me perguntam: hum... mas é uma moqueca?! Eu explico que não, conto o segredinho e é sempre muito surpreendente (mesmo pra mim!) saber que pode caber tanto sabor em apenas 3 ingredientes tão inusitados: requeijão, leite de côco e molho de tomate. 

Por mais estranha que pareça esta combinação, fica simplesmente fantástica. É claro que você pode sofisticar, mas juro que não precisa. Já testei alguns incrementos mas, sinceramente, só deu mais trabalho e tirou um pouco da magia da receita. Então vamos ao que interessa:

INGREDIENTES

- 300-400 g de filés de peixe branco, sem espinhas (sugestão: merluza ou tilápia)
- 1/2 xícara de requeijão
- 1/2 xícara de leite de côco
- 1/2 xícara de molho de tomates

MODO DE PREPARO

Bata o requeijão, o leite de côco e o molho de tomates no liquidificador. Passe um pouquinho desse molho no fundo de um refratário e distribua os filés de peixe. Cubra tudo com o restante do molho e leve ao forno na temperatura máxima (~290 ºC) por 40 minutos, ou até que a superfície esteja gratinada. Ao tirar do forno, cubra com coentro (pra quem é de 💚 coentro) ou cheiro verde (salsinha e cebolinha) e sirva com arroz ou batata palha e salada (minha pedida preferida).

Ah muleke!

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Dia 29: Nhoques da fortuna

Nhoques verdinhos da fortuna, feitos com batata doce e rúcula 💚

Você sabia que todo dia 29 é Dia do Nhoque? Reza a lenda que comer nhoque nesse dia traz fortuna 🍀 (sorte)! Há uma sequência de rituais associados à simpatia, que envolvem desde colocar dinheiro embaixo do prato, até comer os sete primeiros bocados em pé, fazendo um pedido para cada um. Acredite ou não na simpatia, sorte mesmo você terá se preparar a receita de hoje: nhoques verdinhos da fortuna, feitos com batata doce e rúcula! Então vejamos o passo a passo para um nhoque delicioso:

INGREDIENTES

- 1 kg de batata doce
- 300-400 gramas de farinha sem glúten (uso FSG Aminna ou Farinha Multiuso Schär)
- 2 colheres (chá) de mix de gomas (goma guar + goma xantana | uso o mix da Leve Crock)
- sal a gosto
- 1 ovo
- 1 maço de rúcula
- 3 colheres (sopa) de manteiga amolecida

MODO DE PREPARO

1. Cozinhe as batatas com casca e em seguida descasque-as, ainda quentes. Passe num amassador e trabalhe com as mãos, até obter um purê bem lisinho e homogêneo. Peneire 300 g da farinha sem glúten com o mix de gomas e o sal. Adicione às batatas amassadas e misture bem.

2. Bata a rúcula junto com o ovo num processador ou liquidificador, antes de adicionar à massa. Por fim, incorpore a manteiga amolecida, que vai ajudar a soltar a massa das mãos. Pode ser necessário adicionar mais farinha até dar o ponto, vai depender da umidade da batata utilizada.

3. Sove a massa e embrulhe-a num filme plástico. Deixe na geladeira por cerca de 20 minutos. Depois de tirar da geladeira, é só dividir a massa, fazer rolinhos numa superfície enfarinhada e cortar com uma espátula. Passe-os nhoques na farinha para não pregarem uns nos outros.

3. Se quiser congelar, coloque os nhoques espaçados em uma assadeira ou tábua de cozinha e deixe no freezer ou congelador, até que congelem completamente (geralmente deixo de um dia para o outro, até ficarem bem durinhos). Depois disso, você pode juntar porções individuais em saquinhos tipo zip-loc e mantê-los no congelador por até 3 meses.

4. Cozinhe os nhoques (frescos ou congelados) em bastante água fervente, até que subam à superfície. Quando subirem, estão prontos! Sirva com o molho de sua preferência. Algumas sugestões:



VARIAÇÕES

Essa é uma receita que pode ser adaptada para fazer nhoques de várias cores e sabores, utilizando outros tipos de batatas, legumes e verduras à sua escolha. Eu costumo dividir as batatas, legumes e verduras em dois grupos: BASE ou COMPLEMENTO.

Como referência, algumas opções de BASE que você pode usar para o nhoque são: batata inglesa ou asterix, batata doce, mandioca, inhame, cará (possuem mais amido, e menor teor de água). Usando uma dessas bases, pode adicionar o que quiser como COMPLEMENTO: cenoura, baroa, abóbora, beterraba, rúcula, espinafre, salsinha (lembrando que todas essas têm mais água e são mais pobres em amido, então é sempre necessário balancear sua quantidade com o quanto você usa de base e de farinha). A proporção em peso deve ser sempre:
BASE > FARINHA > COMPLEMENTO

Geralmente, utiliza-se 30% de farinha em relação à quantidade da base, mas essa quantidade de farinha não é fixa, pois depende do que você está usando como base e como complemento. Então cada nova receita de nhoque é uma nova experiência (que sempre vale a pena!)




quinta-feira, 28 de maio de 2020

Dia 28: Risotto mineiro

Um risotto que é a cara de Minas!

Este "risotto mineiro" é uma adaptação que minha mãe fez, de uma receita que ela viu no programa Territórios Gastronômicos, da Rede Minas, em 2014. No programa, o chef Eduardo Avelar preparou um risotto em homenagem a Dona Maria Torres, de Sabará - a terra do "Festival do Ora-Pro-Nóbis", usando linguiça, queijo canastra e, é claro, ora-pro-nóbis!

É um risotto bem rústico, e é também muto especial, pois além de levar ingredientes típicos de Minas, é feito com vinho tinto, o que dá uma cor e um sabor mais fortes. Se puder, use ingredientes de origem. Uma boa linguiça artesanal, queijo mineiro de verdade (não precisa necessariamente ser da Canastra, pode ser do Salitre, do Serro, d'Alagoa). Ora-pro-nóbis pode não ser tão fácil de se achar por aí, mas você encontra em alguns supermercados, feiras, cooperativas ou, com sorte, pode ter alguém a quem pedir para colher do pé!


INGREDIENTES

- 300 g de linguiça magra suína (sugestão: pernil com bacon, com pouca gordura)
- 1 maço de ora-pro-nóbis (se não encontrar, pode substituir por couve ou espinafre)
- 1 xícara de arroz arbório
- 2 colheres (sopa) de azeite
- 1 dente de alho, picado
- 1 cebola média, picada
- pimenta do reino e noz moscada, a gosto
- 1 taça de vinho tinto seco
- 1 colher (sopa) de molho de tomate
- 1 litro de caldo de carne, bem quente
- 1 xícara de queijo canastra ralado

MODO DE PREPARO

- Primeiro, tire a pele da linguiça. Frite-a numa frigideira antiaderente, sem óleo. A carne vai despedaçar, mas cuidado para não ficar muito esfacelada (não mexa muito, para termos uns pedaços maiores). Reserve. Em outra frigideira, refogue o ora-pro-nóbis com o alho e 1 colher de azeite. Reserve. O caldo de carne já deve estar pronto. Mantenha-o aquecido numa panela, ao lado da panela do risotto.

- Na panela do risotto, doure a cebola picadinha com o azeite. Tempere com pimenta do reino e noz moscada. Coloque o arroz e refogue até as bordas ficarem transparentes e o centro do grão branquinho. Adicione o vinho, deixe reduzir bem e soltar o amido (o vinho tinto não solta tanto o amido do arroz como o vinho branco). Quando estiver quase secando, adicione o molho de tomate e comece a colocar o caldo de carne, de concha em concha. Vá mexendo e adicionando o caldo, pouco a pouco. O cozimento leva de 14 a 18 minutos, ou até acabar o caldo. Um pouco antes de chegar ao ponto (al dente), adicione os outros ingredientes reservados. Primeiro a linguiça, depois o ora-pro-nóbis, por último o queijo. Se desejar, incorpore 1 colher (sopa) de manteiga gelada, ao final de tudo. Misture delicadamente, tampe a panela e deixe descansar por 2-3 min antes de servir.

Ô trem bão!

Se desejar, você pode decorar com pimenta biquinho e fritar alguns ovos de codorna para colocar por cima!
 

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Dia 27: Boeuf Bourguignon

Carne cozida ao vinho. Comfort food, no melhor estilo.

Essa é mais uma receita inspirada em um filme que assisti. Julie & Julia - o filme - foi, por muito tempo, uma referência para mim (tenho o DVD e com frequência assisto: rio, choro, me empolgo e me emociono, como se fosse a primeira vez). E tanto Julie Powell como Julia Child - essas mulheres incríveis - influenciaram de forma definitiva minha relação com a vida e com a comida. Tanto que, depois de conhecer a estória das duas, criei meu primeiro blog e resolvi aprender muito mais sobre culinária. E hoje, aqui estamos nós: no meu blog, falando sobre receitas.

Eu também li o livro da Julie, que baseou o filme, mas confesso que assistir às aventuras e desventuras dessas duas na pele de Amy Adams e Meryl Streep é muito mais prazeroso. Eu recomendo a todo mundo que gosta de comer e/ou de cozinhar, que o assista, é arrebatador! E vai ser difícil terminar o filme sem querer comer tudo que essas duas cozinham em cena.

Eu tive a sorte de, alguns meses após ter assistido, participar de uma noite de "Cine Gourmet", em que o chef Eudes Assis preparou o jantar com inspiração no filme, exibido aos convidados. No menu, pétalas de alcachofra na manteiga com limão siciliano, bruschetta na ciabatta, polenta italiana com ovo pochet, boeuf bourguignon com gratin de batata, 3 queijos (brie, gorgonzola, parmesão) com geleia de damasco e torta fondant de chocolate com amêndoas e coulis de framboesa. Inesquecível.

Sem dúvidas, o prato mais marcante dessa noite (e quiçá do próprio filme) foi o Boeuf Bourguignon. Há inúmeros momentos deleitáveis no filme, mas veja essa cena exata em que a Julie fala apaixonadamente sobre o Boeuf Bourguignon da Julia... Você indiscutivelmente quer prová-lo.

Eu assisti ao vídeo da própria Julia preparando o Boeuf Bourguignon, li sua receita original no "Mastering the Art of French Cooking" e também a de diversos outros cozinheiros, franceses inclusive. Mas a receita que compartilho aqui é o resultado de um apanhado de várias receitas, dicas e repetidas tentativas de chegar ao Boeuf Bourguignon perfeito. E vou te contar, se ainda não chegamos lá, estamos muto perto. Esse é o prato que pra mim melhor define "comfort food".

Então encare o desafio e vamos nessa. Algumas observações importantes, antes de começarmos:

1. Esta não é uma receita difícil, mas demanda várias etapas e é demorada. Você precisará de, no mínimo, três horas e meia. Sim, o Boeuf Bourguignon nada mais é que uma carne cozida ao vinho. Mas. Bem. Lentamente. Tenha paciência.

2. Existem diversas receitas diferentes por aí, muitas possibilidades e modos de fazer. O modo como faço atualmente é a evolução de várias outras vezes que preparei e a melhor opção dentre as que já testei. Claro que não testei todas, então pode ser que você prefira fazer de outra forma.

3. Nesse método, uso apenas uma panela para fazer todas as etapas (adoooro). Uso uma Le Creuset de 5,3 litros, pois já que vou gastar tempo pra cozinhar, já faço em grande quantidade de uma vez. Depois de pronto, você pode congelar porções individuais. Fica ótimo.

4. Você pode usar a panela que quiser e que tiver em casa, desde que ela distribua uniformemente o calor. Pode também optar por fazer no forno (se sua panela for apta pra isso) ou na chama do fogão. A Le Creuset é um tipo de panela que, pra esse intuito, funciona melhor no forno, mas eu prefiro fazer no fogão, pois gosto de ficar controlando de tempos em tempos.

5. Teoricamente, deveríamos usar um vinho da borgonha. Mas... é muito caro (uma única vez comprei um vinho da borgonha de verdade para prepará-lo). Podemos tranquilamente substituí-lo, ok? Mas escolha um ótimo vinho. Não se cozinha com um vinho que não se pode beber.


Boeuf Bourguignon (carne cozida ao vinho)

INGREDIENTES

- 1 kg de carne (alcatra, chã de fora ou músculo)
- sal e pimenta a gosto
- 2 colheres (sopa) de azeite
- 4 colheres (sopa) de manteiga
- 200 g de champignons Paris frescos
- ± 12 chalotas (aquelas cebolas pequenininhas)
- 1 colher (sopa) de açúcar
- 1 cebola média
- 3 cenouras médias
- 2 dentes de alho
- 2 colheres (sopa) de farinha de arroz
- 2 colheres (sopa) de molho de tomate, sem pedaços
- 1 garrafa de um bom vinho tinto seco
- 1 litro de caldo de carne
- 2 folhas de alho-poró (parte verde)
- 1 ramo de salsinha
- 1 ramo de manjericão
- 1 ramo de tomilho
- 1 folha de louro
- 1 talo pequeno de salsão

MODO DE PREPARO

- Primeiro, limpe a carne e corte-a em cubos grandes (± 4 cm). Tempere com sal e pimenta a gosto. Corte os champignons em quatro. Descasque as chalotas (deixe-as inteiras). Rale a cebola ou pique em pedacinhos. Corte a cenoura em rodelas grossas. Fatie os dentes de alho. Coloque dentro das folhas de alho-poró: a salsinha, o tomilho, o manjericão, o louro e o salsão. Enrole e amarre com linha ou barbante, formando um "amarrado" de ervas (o famoso bouquet garni).

- Agora vamos começar. Coloque o azeite em uma panela grande e leve ao fogo. Quando esquentar, doure a carne, aos poucos (sem encher o fundo da panela, doure uma parte e retire, repita quantas vezes forem necessárias). Depois que toda a carne estiver bem dourada, retire e reserve.

- Na mesma panela, acrescente 2 colheres de manteiga e os champignons. Faça como fez com a carne, devagar e sempre, até estarem todos dourados. Retire e reserve. Coloque mais 2 colheres de manteiga e faça o mesmo com as chalotas. Acrescente o açúcar, para caramelizar. Depois de douradas, retire e reserve (você só usará os champignons e as chalotas no final).

- Agora acrescente a cebola picadinha, a cenoura e o alho e refogue um pouco. Aproveite este momento para "limpar" sua panela. A cebola solta água e fica mais fácil deglaçar. Se só a cebola não for suficiente para soltar o fundo da panela (o concentrado de sabor e aroma de nosso molho está aí), derrame um pouquinho (bem pouquinho) do vinho para ajudar.

- Volte com a carne para a panela. Polvilhe tudo com a farinha de arroz e mexa bem. Acrescente o molho de tomate, misture e deixe cozinhar em fogo baixo por mais uns 2 a 3 min. Coloque o vinho tinto e cozinhe tudo por cerca de 10 minutos, sem tampa, para evaporar o álcool e retirar a acidez do molho.

- Adicione o caldo de carne, entre com o bouquet garni e tampe a panela. Deixe cozinhar por 3 horas, em fogo baixo, mexendo de vez em quando (se o molho começar a ficar muito encorpado, acrescente água, sempre que necessário, para completar o cozimento da carne). Observe se não está pregando no fundo. Opcionalmente, você pode levar ao forno (160 ºC) pelas mesmas 3 horas.

- Nos últimos 30 minutos de cozimento, entre com os champignons e as chalotas preparadas previamente. Verifique ao final se está tudo bem cozido e macio (carne, cenoura e cebola). Prove o sal. Antes de servir, retire o bouquet. Sirva com arroz branco e salada. Bon appétit!

Bon appétit!

terça-feira, 26 de maio de 2020

Dia 26: Palha italiana

Docinhos do amor... ou da discórdia?

Houve um período na minha infância (mais ou menos entre os 8 e 12 anos), em que palha italiana era meu doce preferido. Comi pela primeira vez na casa de uma amiga da escola. A mãe dela era quem fazia, e era a alegria das nossas tardes. Alguns dias, ela ainda inovava: trocava o tradicional biscoito Maria por Sucrilhos (era vanguardista, ela).

Logo aprendi a fazer. Eu embalava em papel alumínio e levava pro colégio. Em pouco tempo eu estava vendendo palha italiana pros colegas e professoras... Passou a valer mais do que barras de ouro lá em casa. Tinha que esconder dos meus irmãos gulosos e que lugar poderia ser melhor que dentro do meu piano? Abria o tampo e escondia no meio do mecanismo (genial, não?). Simulava mapas de caça ao tesouro, indicando esconderijos secretos falsos pra entretê-los enquanto procuravam minhas valiosas palhas italianas... Até que um dia descobriram meu segredo do piano! Passei então a fazer em dose tripla. E por um bom tempo, a tal da palha italiana foi rotina na nossa vida...

Quando a Schär lançou o biscoito Maria sem glúten, a primeira receita que eu quis reproduzir, depois de anos sem poder provar, foi a da palha italiana! Na verdade, é uma receita simples que não tem mistério algum. Mas me faz viajar no tempo e voltar a ser criança. Aproveito o momento para fazer um mea culpa: Irmãos, desculpem por ter escondido palha italiana de vocês! Esse deveria ser o docinho do amor, e nunca da discórdia!
❤️❤️❤️

INGREDIENTES

- 1 lata de leite condensado
- 3 colheres (sopa) de cacau em pó (se preferir, pode usar chocolate em pó ou achocolatado)
- 1 colher (sopa) de manteiga
- 1 a 2 pacotinhos de biscoito Maria (Schär)
- açúcar de confeiteiro para polvilhar

MODO DE PREPARO

Misture o leite condensado, o cacau e a manteiga em uma panela. Leve ao fogo baixo, mexendo sempre até começar a ver o fundo da panela (é quase como fazer um brigadeiro, mas eu gosto de tirar um pouquinho antes do ponto de brigadeiro, para ficar mais macia). Adicione os biscoitos quebrados e misture bem. Espalhe a palha italiana em uma travessa forrada com papel manteiga e alise para ficar plana. Espere esfriar e corte em quadradinhos. Passe no açúcar de confeiteiro e pronto!

Nas fotos desse post, eu fiz as palhas italianas em formato de coração e montei uma caixinha para dar pro meu amor no dia dos namorados

Uma bela demonstração de amor!

Outra opção é fazer a palha italiana em formato de torta! Para isso, duplique a receita. Pegue uma forma de fundo removível e unte com manteiga, apenas. Use os biscoitos inteiros, molhados em leite com baunilha. Vá fazendo camadas de biscoito > brigadeiro > biscoito > brigadeiro > biscoito > brigadeiro... Leve à geladeira para firmar (pelo menos 2 horas). Desenforme antes de servir e polvilhe açúcar por cima.

A palha italiana na versão torta!

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Dia 25: Waffle com cobertura de chocolate

Não tenho uma legenda pra descrever isso!

Waffle ("uáfol") em inglês ou Gaufre ("gôfre") em francês. De origem belga, esse tipo de massa - da mesma família dos crepes e das panquecas - se diferencia de suas "primas" pela quantidade de cada ingrediente na receita e no modo de preparo. Os waffles são assados numa prensa quente, que imprime aquelas típicas texturas quadriculadas, formando sulcos ideais para receber diferentes tipos de coberturas, doces ou salgadas.

Particularmente, gosto muito de tirar um waffle quentinho da máquina e passar uma camada generosa de manteiga, que derrete na hora e preenche todos os buraquinhos. Me sinto uma verdadeira protagonista de propaganda de margarina (mas bem melhor, porque é manteiga, né!?). Outras ideias deliciosas de cobertura são: mel, geleia, iogurte, sorvete, frutas (morango, banana, mirtilos), calda de caramelo, de chocolate, doce de leite, manteiga de amendoim... ou mesmo a combinação de mais de uma dessas opções. Seja com que cobertura for, um waffle no café da manhã ou no lanche da tarde é felicidade certa!

Desde que começaram a surgir mais opções de marcas de máquinas de waffle, fiquei de olho numa promoção pra comprar a minha. E foi um dos investimentos recentes de melhor custo-benefício aqui em casa. Quando dá vontade de comer um waffle, preparo a massa rapidinho e em menos de 5 minutos já estamos com a mesa farta, protagonizando a "propaganda de margarina"! Caso você (ainda) não tenha sua máquina de waffles, mas ficou aí morrendo de vontade, recomendo que faça estas maravilhosas panquecas gordinhas de iogurte que você pode preparar na frigideira mesmo, e não deixam a desejar!

Mas vamos à receita dos waffles! Incrivelmente, foi a primeira receita que testei e deu tão certo, que nunca mais ousei experimentar nenhuma outra por aí. Quem desenvolveu e compartilhou a receita original foi a fofíssima e maravilhosa Sílvia Espeschit (Minha Vida Sem Glúten - sigam ela, gente). E podem confiar porque fica com o sabor de um verdadeiro waffle maravilhoso - você nem vai acreditar que é sem glúten!

INGREDIENTES

- 2 xícaras de mix de farinhas sem glúten (gosto mais da Farinha Multiuso Schär, mas já fiz também com a FSG Aminna e com o Mixture Amafil - se for usar esse, use apenas 1 e 1/2 xícara)
- 2 xícaras de leite
- 3 ovos
- 3 colheres (sopa) de manteiga, em temperatura ambiente
- 1 colher (chá) de sal
- 2 colheres (sopa) de açúcar
- 3 colheres (chá) de fermento em pó

MODO DE PREPARO

A Sílvia recomenda que antes de começar a receita, você ligue sua máquina de waffle para ela já ir aquecendo. A minha esquenta muito rápido, então só ligo quando a massa está pronta (vai depender do funcionamento da sua). Bata tudo na batedeira (eu uso o liquidificador, mas tem que ser bem potente, viu?) e vá despejando a quantidade adequada à sua máquina de waffle.⁣

DICAS:

1. Coma fresquinho e bem quentinho! Ele fica super crocante por fora e macio por dentro! Se você demorar a comer (du-vi-do!) pode colocar de volta na máquina e deixar lá por um tempinho que ele volta a ficar crocante como novo!

2. Geralmente, fazendo uma receita inteira, nós comemos waffles até ficarmos beeeem satisfeitos, e ainda assim sobra muita massa (dá pra mais umas duas vezes!). Você pode guardar a massa pronta na geladeira, em um recipiente fechado. Dura uns 3-4 dias, tranquilo.

3. Nesse aí da foto, eu resolvi inovar e incluí para bater, junto da massa no liquidificador, uma cenoura pequena, em rodelas. Ele ficou com gostinho de bolo de cenoura, e bem amarelinho por dentro. Nesse caso, nada mais justo que uma bela cobertura de chocolate, né???

Se é possível melhorar o que já é perfeito, é combinando cenoura e chocolate!

Cobertura de chocolate (ganache fácil, deliciosa e sem leite!)

INGREDIENTES

- uma medida de chocolate meio amargo, picado
- a mesma medida de leite de côco

MODO DE PREPARO

Derreta o chocolate no microondas. (Se você nunca derreteu chocolate no microondas, precisa saber que deve fazer isso aos poucos, para não queimá-lo. Coloque por 30 seg. Retire e misture. Mais 30 seg. Retire e misture, até que vire um creme bem liso. Geralmente, 1 min já é o suficiente.) Misture o leite de côco e está pronto. Você pode dosar a quantidade de leite de côco, dependendo da consistência que preferir. Maravilha!

Cubra seu waffle com essa ganache e seja MUITO feliz.

Felicidade em forma de waffle!

domingo, 24 de maio de 2020

Dia 24: Ceviche tropical e chips de batata doce

Refrescante e delicioso!

Batizei esta receita de "ceviche tropical" porque incorporei vários elementos à receita peruana tradicional, que dão cor e muito frescor a essa preparação. O ceviche é um peixe (necessariamente de carne firme, com pouca gordura e, preferencialmente, de água salgada) marinado em meio ácido, com especiarias.

Alguns dos peixes mais utilizados são: linguado, corvina, garoupa, robalo, tilápia, vermelho ou até salmão. Atenção! Seja qual for o peixe selecionado, deve ser fresco e de boa procedência. Frutos do mar também podem ser utilizados (como camarão ou polvo), porém, devem ser pré-cozidos.

O meio ácido é garantido pelo suco de limão (tahiti, galego, capeta ou até siciliano), lima e/ou laranja. O contato do peixe com o suco ácido e as especiarias, por tempo suficiente, produz o famoso "leite de tigre" (leche de tigre), um caldinho esbranquiçado e saborosíssimo, resultado da marinada. Em alguns bares, é servido até como shot, em copinhos, como um aperitivo. Dá água na boca só de pensar!

Aqui, além dos componentes originais do ceviche, acrescentei manga e tomatinhos sweet grape (trazem doçura e cor), hortelã (frescor) e repolho roxo (mais cor e crocância) para o prato.

Geralmente, o ceviche é servido com mandioca, batata doce, batata inglesa ou milho, preparados de formas variadas.

Dica: Comece preparando os chips de batata doce. Durante o molho da batata, cuide do ceviche. Assim, os dois ficarão prontos mais ou menos juntos.


Chips de batata doce

INGREDIENTES

- 1 batata doce grande
- 1/2 colher (café) de lemon pepper (ou outro tempero a gosto)

MODO DE PREPARO

Os chips de batata doce são feitos na airfyer (adoooro). O preparo é mais ou menos parecido com o das batatas bravas. Descasque a batata doce e fatie em rodelas fininhas (± 2 mm de espessura). Deixe por 30 min de molho numa bacia com água. Pré-aqueça a airfryer a 200 ºC por 5 min. Enquanto isso, seque a batata e tempere a gosto (eu uso lemon pepper, mas também fica ótimo com páprica, alho e cebola em pó, chimichurri desidratado... etc.). Asse por 15-20 min. Abra no meio do processo e dê uma chacoalhada. Confira nos últimos minutos para não queimar (a batata doce foi cortada fina e cozinha mais rápido que a batata inglesa).


Ceviche tropical

INGREDIENTES

Mis en place do ceviche
- 1 filé de aprox. 200 g de atum (opcionalmente você pode usar um peixe branco ou salmão)
- 2 limões grandes espremidos (eu usei 6 galegos pequenininhos)
- 1/2 laranja espremida
- 1/2 colher (chá) de gengibre fresco, picado
- 1 pimenta dedo-de-moça, sem sementes, picada (eu gosto de picância, então usei malaguetão)
- 1 cebola pequena, finamente fatiada em rodelas (cebola roxa é melhor, eu não tinha, usei da amarela mesmo)
- sal a gosto
- 1/2 manga, picada em cubinhos
- 5-6 tomatinhos sweet grape ou cereja, picados
- coentro (pra quem gosta 💚) ou salsinha, a gosto
- folhinhas de hortelã, a gosto
- 1/4 xícara de repolho roxo, finamente fatiado

MODO DE PREPARO

Corte o filé de atum (ou do peixe à sua escolha) em cubos de cerca de 2 cm. Coloque os cubos de peixe em um bowl de vidro e prepare a marinada (suco dos limões e da laranja, gengibre, pimenta, cebola e sal). Cubra o peixe com esta marinada, misture bem, e guarde tampado na geladeira por 15 a 30 min. Passado este tempo, retire da geladeira e adicione os cubos de manga, os tomatinhos picados, o coentro (ou a salsinha) e a hortelã. Misture delicadamente. Sirva no próprio bowl, ou em tacinhas individuais. Finalize com o repolho roxo por cima, para dar mais cor e crocância à preparação.

Bom apetite!

Dica: Harmonize esse prato com a cerveja Krug 20. Você vai ter certeza que nasceram um pro outro.